O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição complexa do neurodesenvolvimento, e cada vez mais pais buscam opções que possam contribuir para o desenvolvimento das crianças, além das terapias tradicionais. Uma dessas possibilidades é o uso do ácido folínico, que tem despertado interesse em casos específicos de TEA.
Mas afinal, o que é o ácido folínico e quando ele pode ser indicado? A seguir, explico de forma clara e objetiva, com base em evidências científicas, para que você tome decisões informadas para o seu filho.
O que é o ácido folínico?
O ácido folínico é uma forma ativa da vitamina B9 (folato). Ele é diferente do ácido fólico tradicional, pois já está metabolizado — ou seja, pronto para ser utilizado pelo organismo, mesmo em pessoas com dificuldades genéticas de conversão.
Em alguns estudos, observou-se que crianças com TEA podem apresentar alterações na via do folato cerebral, especialmente quando há presença de autoanticorpos contra o receptor de folato (FRAA). Nesses casos, o uso do ácido folínico pode melhorar funções cognitivas, linguagem e interação social.
Quando o ácido folínico é indicado?
O uso do ácido folínico não é indicado para todos os pacientes com TEA. O benefício costuma estar associado a casos com:
- Déficits na via do folato cerebral, sugeridos por exames laboratoriais ou avaliação clínica especializada;
- Presença de autoanticorpos antifolato (FRAA);
- Históricos familiares com distúrbios do metabolismo do folato;
- TEA associado a epilepsia, regressão do desenvolvimento ou quadro clínico que sugira encefalopatia autoimune.
O diagnóstico e a indicação devem sempre ser feitos por um neuropediatra experiente.
Há efeitos colaterais?
Em geral, o ácido folínico é bem tolerado, mas pode causar efeitos leves como irritabilidade ou alterações no sono. A dose deve ser ajustada conforme o peso da criança e a resposta clínica, e o uso deve sempre ser acompanhado por um neurologista infantil de confiança.
O que dizem os estudos?
Pesquisas publicadas em revistas como Molecular Psychiatry e Translational Psychiatry mostram que o ácido folínico pode melhorar a linguagem receptiva e expressiva em subgrupos de crianças com TEA, especialmente aquelas com FRAA positivo. Porém, reforça-se: não se trata de uma “cura”, e sim de um potencial aliado dentro de uma abordagem integrada.
O mais importante é que os pais não iniciem suplementações por conta própria. A avaliação individualizada com um neurologista especialista em TEA em São José dos Campos ou Jacareí é essencial.
Como é feito o acompanhamento?
Na Clínica One Neuro, realizamos uma avaliação detalhada de cada criança, incluindo exames laboratoriais quando necessário. Em alguns casos, o ácido folínico pode ser introduzido como parte de um plano terapêutico mais amplo, sempre respeitando a individualidade de cada paciente.
Nosso foco é oferecer atendimento humanizado, baseado em evidências, para promover o desenvolvimento neuropsicomotor com segurança.
Agende uma consulta com um neurologista infantil em São José dos Campos ou Jacareí
Se você deseja entender melhor se o ácido folínico pode ajudar no caso do seu filho, agende uma avaliação com um neurologista especializado em TEA.
📍 Atendemos em São José dos Campos e Jacareí.